Como Designer e Web Designer, criei uma metodologia de trabalho que começa nas prioridades do cliente. Do papel ao resultado final, conheça o processo, e tire o melhor partido do meu trabalho.
Nota: Artigo escrito por Dora Alexandre, Press Hub
ÍNDICE
Missão: dar forma à ideia do cliente
Antes de mais, importa realçar que o trabalho do designer é, na sua essência, uma atividade criativa. Por essa razão, quando desenvolvo um projeto de web design/design, preciso sempre de um elevado grau de concentração e atenção. Afinal, tenho em mãos a tarefa de construir, de raiz, aquilo que o cliente idealizou, e que é uma parte importante do seu projeto.
Com efeito, uma vez que trabalho como freelancer em Web Design e Design Gráfico, tanto desenvolvo logótipos, folhetos, brochuras, desdobráveis e cartazes como também posso criar qualquer tipo de website.
A par disso, através de serviços externos, ainda ofereço serviços de Design Editorial, Marketing Digital, SEO, Redes Sociais, Web Development e Web Management.
Efetivamente, todas estas atividades devem ir ao encontro daquilo que o cliente precisa. Mais do que isso, devem corresponder ao que o cliente idealizou.
Sem dúvida, é uma tarefa exigente e por isso, antes de iniciar qualquer projeto, é essencial que o cliente me transmita aquilo que pretende. Justamente, para que o resultado final seja satisfatório.
Muitas vezes, essas indicações já vêm definidas previamente, num briefing. Porém, em outros casos, tenho de ser eu a guiar o cliente nessa passagem de informação. Como se compreende, esta fase do trabalho é crucial, e determina o resultado final.
A base do trabalho: o briefing
Na prática, um briefing é um documento que explica aquilo que o cliente pretende, quando contrata um determinado projeto.
De modo geral, é muito usado em áreas como o marketing, o audiovisual, a publicidade e, naturalmente, o Design Gráfico, E-Commerce, Web Design e Web Development.
Em suma, é um documento orientador e, quanto mais preciso for, mais certeiro vai ser o meu trabalho.
Desde logo, o briefing deve explicitar o objetivo do projeto e, da forma mais completa possível, responder à pergunta: o que vai ser desenvolvido?
A par disso, é também importante nomear o público-alvo, ou seja, o tipo de cliente a quem o produto/serviço se destina. Em simultâneo, deve referir ainda a concorrência, nomeando outros players que actuam na mesma área de negócio.
Em suma, o briefing deve ser sucinto e objetivo mas, ao mesmo tempo, conter toda a informação essencial e relevante para a boa concretização do trabalho.
Ao longo de todo o processo de desenvolvimento do trabalho, será sempre um documento de consulta essencial.
O primeiro momento: reunião com o cliente
Antes de mais, quando o cliente me adjudica um trabalho, há que perceber com exatidão aquilo que se pretende. Para isso, é comum existir uma reunião – presencial ou online – onde faço um conjunto de perguntas importantes.
Nessa altura, caso o cliente não traga um briefing já pronto, aproveito para recolher toda a informação necessária. Nessa altura, coloco uma série de questões sobre a empresa, o seu público/consumidor, e até sobre a concorrência. Eis alguns exemplos:
- Em que consiste o seu negócio, e qual o seu público-alvo?
- Já tem alguma ideia do que pretende?
- É possível enviar alguns exemplos (bons e maus) da concorrência?
- Qual é o seu objetivo com a criação deste projeto?
- Se vamos construir um website, pretende que seja baseado num template, ou algo criado de raiz? E quais as funcionalidades que pretende?
- Gostaria de algo dinâmico com sliders e vídeo?
- Precisa de um formulário? De newsletter?
- Gostaria de incorporar redes sociais ou um feed do Instagram?
- Quer incluir várias línguas?
- Deseja oferecer aos utilizadores a possibilidade de fazerem uma reserva?
- Se pretende um logótipo, prefere uma linha sóbria ou descontraída?
- Tem preferência pelos tons e formas?
Efetivamente, são muitas as opções, e as decisões a tomar. E, não raras vezes, o cliente não tem noção de todas estas opções, e cabe-me guiá-lo para que faça as escolhas que mais lhe convêm.
O processo de criação: do papel para o digital
Uma vez recolhida toda a informação necessária para o desenvolvimento do projeto, é altura de lançar mãos à obra.
A partir dos dados que obtive, proponho uma data de entrega para o trabalho, e traço o meu plano de ação.
Na prática, este plano divide-se em três etapas: a fase de pesquisa (na internet, em redes sociais, livros, revistas, jornais, exposições, etc.), a elaboração do primeiro esboço e, por fim, a concretização das ideias já no computador. Ou seja, é aqui que dou forma ao trabalho final que será apresentado ao cliente.
Com efeito, cada designer tem a sua própria metodologia de trabalho. De igual modo, cada profissional recorre a um conjunto diversificado de ferramentas – analógicas e digitais – para concretizar um projeto.
No meu caso, tudo começa de uma forma bastante tradicional: com o papel e o lápis. Justamente, é a partir daqui que esboço as ideias que virão, mais tarde, a assumir uma forma gráfica e digital.
A importância das ferramentas de trabalho
No que toca às ferramentas que costumo utilizar, elas são diversas, e dependem do projeto que tenho em mãos. Designadamente, variam consoante se trate de um projeto de design gráfico ou de web design.
Por exemplo, nos trabalhos de Web Design, embora existam outras opções, em regra prefiro usar o wordpress.org. Afinal, é um dos CMS (Content Management System) mais (re)conhecidos do mundo. Além disso, é uma ferramenta gratuita, e open source. Ou seja, acolhe contributos valiosos de uma vasta comunidade, e alarga, deste modo, as suas funcionalidades. Por essa razão, tanto permite fazer trabalhos de raiz, como baseados em templates já existentes, quer seja para um site institucional, blogue, portfólio, landing page ou loja online (e-commerce).
Regra geral, para (re)criar sites mais simples, recorro a templates, que são formatos já existentes que se podem adaptar.
No entanto, para (re)criar um site de raiz, o processo é diferente: desenvolvo o layout do site, e proponho-o ao cliente. Nestes casos, só após a aprovação do cliente é que se inicia a fase de programação.
Por outro lado, quando o objetivo é a criação de uma loja online, costumo recorrer ao WooCommerce. De igual modo, é um trabalho em ambiente WordPress, na sua principal plataforma de comércio eletrónico.
Em qualquer trabalho de Web Design, asseguro sempre as diretrizes de Search Engine Optimization (SEO), uma forma de melhorar a otimização das pesquisas pelos motores de busca.
Da concretização à entrega do trabalho
À medida que vou concretizando o projeto, tenho o cuidado de o apresentar ao cliente, para obter o seu feedback. Deste modo, garantimos que a linha de trabalho está no caminho que se pretende. Naturalmente, tenho em conta os inputs do cliente, e faço os ajustes necessários.
Neste contexto, caso sejam necessários conteúdos escritos para incorporar no projeto – seja um site, uma brochura, etc. – posso fornecer esse serviço, através das minhas parcerias.
Por fim, quando o trabalho está completo, é altura de fazer uma revisão final, e fazer as últimas correções. Após a conclusão do projeto, faço o envio para cliente, com toda a informação e os ficheiros originais do projeto.
A par disso, se se tratar de um projeto de web design, ainda forneço ao cliente um conjunto de tutoriais – em vídeo ou texto – para que possa gerir, autonomamente, o site daí em diante. Porém, caso o cliente pretenda um serviço de atualização, apresento fazer uma proposta específica para esse efeito.
De todo o modo, embora seja este o fio condutor do meu método de trabalho, tento sempre adaptar o processo à medida de cada cliente.
Sem dúvida, o mais importante é que, no final, o cliente obtenha o projeto de que precisa, e se sinta satisfeito com o resultado final.
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